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sexta-feira, 23 de junho de 2023

Deus do impossível fez um milagre para mim.

 Para começar digo que não existe meio milagre, muito menos milagre grande ou pequeno. É milagre, e pronto.


Passei umas semanas muito atribuladas em maio e junho de 2023. Para mim, a causa estava perdida.

Quando a angústia é grande o coração nem sabe o que fazer: se chora, se cala... dá um vazio, uma "agonia" na cabeça, e medo, muito medo de tudo ocorrer da pior forma possível.

Não vou expor o problema aqui, mas era enorme, e talvez eu tivesse que enfrentar um longo e desgastante processo judicial, mas Deus não quis assim.

 Ele exaltou-me, pois estava cabisbaixa, ouviu meu clamor, da minha mãe, e de todos os que oraram por mim. Mamãe dizia, eu tenho certeza que Deus te socorrerá! Mas sabe como é...às vezes somos meio "Tomé" - homem da bíblia que duvidou quando viu Jesus.

Era uma causa que envolvia pessoas "grandes", e estas me humilharam muito. Chamaram-me de"talzinha", fecharam todos os caminhos para que eu pudesse reivindicar meus direitos. 

E-mails voltavam, telefonemas eram com tons hostis, enfim, não havia mais o que fazer, e aí Deus entrou derrubando tudo, mexendo nos corações, provando que Ele não precisa pedir licença a ninguém e trabalhou ao meu favor, derrubou muralhas, e fez até meu inimigo me pedir desculpas.

É por isso que eu sempre penso que sem Deus nada somos, e devemos honrá-lo todo o tempo, desinteressados, mas sabendo que Ele, mesmo em silêncio, está ali bem pertinho de nós, segurando em nossas mãos.

Gratidão Senhor! Mil vezes obrigada. Continua a nos auxiliar e  resolver tudo o que o homem não é, nem nunca será capaz de fazer.

segunda-feira, 24 de outubro de 2022

 

O que será de nós, afinal?!

Estamos a 06 dias da eleição presidencial no Brasil e para governador de São Paulo, segundo turno, e tenho algumas confissões a fazer:

Estou decepcionada com a igreja da qual fui membro tantos anos, pois querendo ou não, acabou se corrompendo com discurso indireto de ideologia de gênero e mentiras sobre o aborto e outras coisinhas mais. Sobre o aborto tenho a dizer, que dependendo do caso, é DIREITO  sim da mulher. O que tenho visto por aí, infiltrado em meio aos que se dizem crentes, não sei em quem, são homens grosseiros, que pensam que são donos das mulheres e usam isso de forma velada pata mantê-las sob os seus pés, executando muitas vezes crimes sexuais e psicológicos.

Sobre igrejas evangélicas a decepção é enorme também porque ao invés de louvores, se cantam musiquinhas de campanha. O que diria Jesus ao chegar num templo desses???!Fico admirada, pois o verdadeiro crente, que conhece a Deus e a bíblia não faz sinal de arminha, não apóia quem é referência de milicianos, não prega o ódio, a discórdia, a mentira e a falsidade.

O crente de verdade sabe a quem serve, e sabe sobre o livre arbítrio, isso se não for alienado. E pra quem não sabe o que é ser alienado, de uma forma bem simples: aquele que deixa que o outro pense por si, que não tem crítica, que não consegue decidir sozinho, que não procura conhecer profundamente os fatos, e vive de repetir o que os outros fazem.

Nesta eleição não é sobre direita ou esquerda, é sobre gente, pessoas que pensam, que sofrem, que perdem, mas também ganham a experiência de descobrir com quem se convive e quais são suas ideologias, como sentem-se representados, o que prova que pensam igualmente.

Sobre o atual presidente expressar que pintou um clima com garotas de 14 anos, fico abismada com a falta de capacidade das pessoas se colocarem no lugar do outro, a tal da empatia, que quase ninguém sabe o que é. E se fosse com sua filha, sua mulher, sua sobrinha, ou alguma pessoa do sexo feminino da sua família???! Você quer dizer que não entende que isso tem conotação estritamente sexual???! Se ele se reeleger se cumprirá o que Deus diz na bíblia, que o povo tem o Governo que merece, mas sinceramente, eu não me sinto feliz de ter que estar no meio desse povo.

Sobre vacina, negacionismo, falta de credibilidade com a ciência nem sei como começar a falar. Independente de alguns vacinados terem morrido, creio piamente que todos tinham o direito de ser vacinados, pois o genocida não comprou a vacina quando tinha porque não quis, preferiu ficar receitando cloroquina, sem base científica alguma, sem noção, completamente. Preferiu zombar da dor e do sofrimento de tantos que perderam seus entes queridos, ainda por cima com deboche, imitando pessoas com falta de ar e dizendo que não era coveiro. Será que pensa que é imortal?!

Carrega muitas mortes nas costas, que peso devo sentir, atrás daquele sorriso debochado e falso que expressa. Uma pessoa dessas não pode ser feliz, a menos que felicidade seja apenas dinheiro. E por falar em dinheiro, qual a diferença mesmo de roubar e roubar em espécie???! Não estou dizendo rouba, mas faz, estou dizendo que sigilo de cem anos é para covardes, é para quem não se deixa investigar e não tem coragem de se entregar para a polícia e esperar ser julgado e preso para não participar das eleições, como fez o ex-presidente. Quem não deve, não deve temer. Até que se prove o contrário roubo é roubo, especulação é apenas especulação.

Agora, o que admira também é o pobre de direita. Acorda! Seu patrão já ganhou a vida, e sobre você só há exploração. Você só serve enquanto produz, nem doente tem o direito de ficar. O rico está sendo sincero, está exercendo seu verdadeiro papel, apoiar quem o apoia, mas você que vai no mercado e não consegue trazer o mínimo para seus filhos devido a inflação desregrada, fruto de um desgoverno, de um incompetente, que diz que não há fome no Brasil. ...Claro! Onde ele mora não tem mesmo pessoas pedindo, com fome, ou em situação de rua, fica lá na sua bolha, enquanto aqui fora o povo pena.

Campanha eleitoreira mais baixa que pude presenciar até hoje: que eleva o preço do gás e oferece vale gás, que eleva e abaixa o preço da gasolina dependendo do que é conveniente, que dá esmolas a taxistas e caminhoneiros, profissionais que não precisam disso, que merecem,  assim como nós, dignidade. Mente, diz que aprovou auxílio de valor superior, sendo que foi o Senado que elevou o valor e compara o antigo Bolsa Família com esse Auxílio Brasil, esquecendo do poder de compra. Para os mais leigos poder de compra é: se comprava muito mais com aquele valor, que com este, irrisório  para os dias atuais.

Confesso que estou triste com muitos posicionamentos, e que agora é orar para Deus ter misericórdia de nós, minorias, que vimos sendo hostilizadas e escravizadas injustamente por uma nação egoísta e excludente.

 

Maracy Rolim

SP 24 de outubro de 2022.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2022

Apenas eu tentando evoluir.

 

Eu em mim...

Eu não sei para quem eu estou escrevendo nesse momento, talvez seja para mim mesma, na intenção de validar todo o processo pelo qual venho passando.

Sabe, eu venho de uma história de diagnóstico errado há 48 anos, e isso não se transforma do dia para a noite. No entanto, sem me vitimizar ou terceirizar minhas formas equivocadas de agir e reagir eu tenho me esforçado muito para reparar  todos os danos que eu causei a mim mesma e  às pessoas que tanto amo, as quais acabei, sem crítica alguma fazendo sofrer.

Quando uma doença existe, mas não é manifestada ou notada por quem a tem, ela não é tratada, assim como um tumor, que demora anos para crescer, e de repente aparece e, logo estoura.

Tenho passado algumas coisas na vida, umas devo esquecer, e outras comemorar.

Do ponto de vista de quem me viu há algum tempo talvez ainda não dê para visualizar todo o meu esforço para mudar, mas eu sei o quanto esse processo tem sido doloroso e ao mesmo tempo tem servido para eu evoluir. Minha escolha pela mudança é sagrada, e por isso precisa ser comemorada e não criticada. Eu não devo me punir.

Eu não era jamais capaz de pensar sobre as consequências do que os meus atos produziam. Aprendi que preciso evoluir, e que o sofrimento, louvavelmente faz parte desse crescimento.

Uma escolha se torna sagrada pelo sacrifício, que eu tenho que valorizar como algo positivo.

Eu preciso soltar todas as lágrimas, lavar mesmo a alma, e comemorar por cada etapa vencida que hoje apenas eu, talvez, seja capaz de visualizar. Preciso valorizar a minha vida e todos que tenho. Preciso entender que se Deus me deu uma outra oportunidade de viver foi para fazer diferente.

Todo processo é feito de etapas, mas hoje estabeleci metas a cumprir, e preciso me abraçar, me amar e validar o que tenho conquistado. Não preciso mais fazer contas, sei até onde posso ir, mas já fui longe e preciso ter paciência para as coisas voltarem aos seus devidos lugares. Não falta tanto!...

A compulsividade me levou a escolhas extremas, e o prejuízo disso ficou, mas eu preciso entender que apenas eu poderei reparar o que fiz.

Não quero a culpa nem a vitimização, quero apenas erguer minha cabeça um dia e dizer que valeu a pena mudar.

Hoje consigo enxergar o que é supérfluo, que não devemos nos vingar das pessoas gastando seu dinheiro, que as coisas custam caro, que as pessoas lutam muito para sobreviver, e que algumas apenas vivem, sem reclamar, às vezes com tão pouco.

O processo: quando estamos na cegueira não acolhemos o conselho de ninguém. A cura tem que vir de dentro para fora.

Sou imensamente agradecida por todos que , de alguma forma, me ajudaram e me ajudam nesta caminhada, neste processo, mas também agradeço a mim, pois em meio a esse turbilhão de pensamentos, culpas e sensações de fracasso, continuo aqui tentando dar o meu melhor, ainda que isso ainda não apareça para muitos.

Eu espero de coração que as pessoas me ajudem valorizando o que conquistei, e venho conquistando a cada instante, mas entendo que a imagem da mulher compulsiva, descontrolada ou irresponsável demore um pouco para sair de alguns corações e mentes. Talvez só no final do processo eu conquiste isso, mas está valendo!

Eu ainda tenho muito a aprender, mas sou grata por hoje poder enxergar isso, pela lucidez que o meu tratamento e os meus esforços tem me proporcionado viver e pelo apoio incondicional de quem me ama e só quer ver o meu bem.

Só peço uma coisa: que tanto eu quanto os outros respeitem o meu tempo e entendam que nem tudo foi de caso pensado, planejado ou deliberado.

Eu me amo, eu me esforço e eu sou digna de reconhecimento próprio, motivo de comemoração e não de culpabilização.

Reerguer-se depende de mim, mas processo é processo!... E aí sairei aos poucos reparando o que fiz ou, de repente, deixei de fazer.

 

 

Maracy Rolim Bezerra

SP 07 de fevereiro de 2022

terça-feira, 16 de novembro de 2021

Maio de 2021

 

Maio de 2021

 

Este mês foi definitivamente, até hoje, o pior mês da minha vida, pois perdi meu irmão, meu menino de 39 anos para a Covid 19. Sem poder chorar direito para não assustar minha mãe, a qual eu acompanhava no Hospital São Vicente, na ala de Covid, eu ouvia e lia a cada dia sobre sua piora e diversas tentativas que acredito trem sido sofridas para ele,de reverter seu quadro, todas, infelizmente sem sucesso.

 

No auge da emoção em 13 de maio de 2021 eu fui para o Ceará ser acompanhante da minha mãe, como mencionado acima, no Hospital São Vicente, em Iguatu-CE. Pois é, creiam, ser acompanhante numa ala exclusivamente Covid (protocolo irresponsável dessa Instituição, pois entravam e saiam a todo instante as mais diferenciadas pessoas, algumas também com a doença).

 

E lá estava eu, no intuito de confortar minha mãe com minha simples presença e assim amenizar a sua dor, caso acontecesse o pior. O que em 15 de maio realmente aconteceu: meu irmão se foi, sem despedida, sem flores e nem versos. Num caixão lacrado foram embora sorrisos, sonhos e parte muito significativas de nossa alegria, hoje transformada em saudades e dor, manifestadas cada um à sua forma, uns com lágrimas, outros com música homenageando, outros, muitos outros, com orações.

 

Recebemos pouquíssimas visitas, típico da ocasião ou do tempo em que todos temiam transmitir ou adquirir a doença maldita que veio para matar e destruir indiscriminadamente, jovens e velhos, ricos e pobres, pretos e brancos, saudáveis e doentes, tristes e alegres, enfim...

 

Eu, meu pai e meu irmão, agimos com a emoção, e eu fiquei de acompanhante da minha mãe, e doía demasiadamente quando ela dizia aos profissionais que lhe perguntavam sobre seu filho, que ele estava melhorando, quando não sabia sequer que ele já havia sido até intubado, o que ela mais temia. E eu saia e entrava do quarto disfarçando que havia saído para utilizar um banheiro externo. E eu recebia ligações e mais ligações dizendo do estado crítico do meu irmão, mas voltava firme, tentando mostrar que nada demais estaria para acontecer.

Desde minha saída de SP eu tinha uma triste certeza dentro de mim que meu irmão não resistiria, mas eu sentia-me mal em pensar aquilo, perguntava a Deus onde estava minha fé em Seu poder. Era algo que confesso, eu não gostava de sentir.

Voltando para minha mãe: meu irmão do meio, com todo o seu zelo, pediu-me para tentar retirar o celular das mãos de nossa mãe, pois temia que ela visualizasse algum comentário triste sobre nosso caçulinha nas redes sociais. Pedi à enfermeira que retirasse, mas explicou que estando lúcida e orientada, o máximo que poderia fazer seria aconselhar minha mãe a não ficar tanto na internet, e assim o fez.

Mamãe não hesitou em me passar o celular, mas de vez em quando o pedia de volta, e em mim, a dor de saber do meu irmão, a dor de ver minha mãe enganada e a preocupação que ela soubesse algo através das redes sociais, exatamente como aconteceu comigo, sim, comigo, pois meu primo enviou um print de uma linda homenagem que um amigo tinha feito se despedindo do meu irmão.

Meu mundo se abriu, o hospital não havia comunicado isso! Como assim? Quem? Por que? Onde? Quando? De que forma? O que faço agora? Foram alguns dos pensamentos que me sobrevieram, como um turbilhão.

Então fui ao tal banheiro externo e liguei para meu irmão. Deu sinal de ocupado. Liguei para minha cunhada e perguntei com um medo tremendo da resposta ser positiva: meu irmão morreu? Ela respondeu: infelizmente sim Mara! Procurei apoio, um abraço, um aconchego, e confesso que nem sabia o que sentia naquele momento, um misto de revolta, dor e preocupação.

E depois as notícias sobre os protocolos funerários para quem falecia desta doença maldita, protocolos estes que impediram meu outro irmão de abraçar nosso amado que naquele momento encontrava-se quase irreconhecível, segundo nos informou, o que o viu pela última vez.

Sabe, o que mais dói? É essa última vez, é esse nunca mais...

E agora? Como contar para mamãe, e como e com quem estaria meu pai? Como meu irmão estaria resolvendo tudo de trâmites burocráticos sozinho? E minha fé, por que não foi suficiente? Será que foi isso? Mas minha mãe tinha muita fé... Tanta, que no momento da comunicação do óbito, tentávamos dizê-la de uma forma mais sutil, mas ela não entendia. Meu pai chegou a dizer: Eh Socorro! Se você tiver a mesma “sorte” de sua mãe de enterrar filho...Mesmo assim ela não compreendeu a mensagem, então meu pai pegou em sua perna e disse: Socorro, nosso filho está com Deus!

Esse foi o momento mais difícil no que diz respeito a minha mãe, sua reação foi dolorosa. Gritava com as duas mãos na cabeça dizendo que Deus não a ouviu, que a esqueceu, dizendo-lhe o quanto de fé tinha no coração.

Eu, nem sei como, tive a ideia de avisar a equipe antes, para o caso de uma possível reação mais inesperada no que diz respeito ao seu quadro de saúde. O médico deixou calmantes prescritos. Sim, servem, mas o que são calmantes para uma dor tão imensurável, não é?!

E assim prosseguimos: meu irmão ficou com a parte mais difícil: reconhecer o corpo sem poder abraça-lo, receber seus pertences, providenciar os trâmites junto à funerária, providenciar atestado de óbito e por fim correr atrás da pensão dos 03 sobrinhos que nosso irmão nos deixou. Não foi só isso, assim só ele saberia contar sua aflição e dor. Ele teve que se fazer de forte na hora que eu sabia que o mais queria era chorar e ter o direito de sentir sua/nossa dor.

Perceba-se que estávamos todos separados: Papai em Orós, também com Covid 19, meus irmãos em Juazeiro e eu e mamãe no Iguatu.

No dia do sepultamento meu irmão juntou-se ao meu pai e aos demais, devido o protocolo, poucas pessoas compareceram, mas eu soube com uma tia gritava:Vai meu filho, vai em paz!!!

Papai me ligou desesperado, chorando e me dizendo que tinha certeza que aquele não era o filho dele, afinal não o viu e não acreditava que tratava-se do corpo de seu caçulinha. Sobre papai contarei depois mais detalhadamente, sua força, sua garra, disposição, proatividade e dedicação incondicional para conosco. Meu Deus! Eu não tinha palavras para responder!

E aí veio o sentimento ainda maior de revolta contra um governo genocida que jamais seria capaz de imaginar nossa dor e a de milhões de brasileiros devido seu capricho que não haver comprado vacinas quando já havia disponibilidade. Agora em 07 de setembro dilacerou meu coração ver tanta gente na Av. Paulista apoiando aquele homem sem coração, embora eu saiba, que muitos ali foram pagos para estar naquela posição, o que também incomoda muito.

Os dias se passaram, e eu percebia que mesmo inconscientemente mamãe estava resistente à alta, afinal se confrontaria com sua casa, cenário que lembra e lembrou absurdamente meu irmão. Tudo parecia ter um pouco dele: o quarto, o copo, as roupas, seus perfumes,  os relógios, o computador, as senhas da internet, os remédios que sobraram, as fotos, as homenagens nas redes sociais, depois as malas, muitas malas com escritas suas, com lembranças do seu sorriso tão contagiante e seu abraço tão acolhedor.

Eu confesso que chorava escondido, mas meu desejo mesmo era de ir num lugar deserto e gritar com todas as minhas forças: meu irmão, por que nos deixou? Onde estás? Podes me ouvir?!... Perdoa-me por tudo que te fiz de mal e por tudo que deixamos de viver juntos por achar que esse dia demoraria tanto a chegar. Finalizaria a gritar: Eu te amo! Eu te amo! Tem gente que pergunta: mas por que gritar? Ué! Cada um tem seu jeito de expressar a dor, lembra?!

terça-feira, 21 de julho de 2020

Quem é ridículo afinal?!







Às vezes temos tanto medo do ridículo que dizemos que algo não é mais para a nossa idade ou não combina mais conosco. Quem disse?! Por que temos que seguir os padrões? Quem foi que estabeleceu esses padrões? Baseado em que? ... Seguir padrões para as pessoas não falarem da gente?! Oh! Ledo engano! Diminuamos a ingenuidade, pois falarão assim mesmo!...




Então sejamos  felizes sem se importar com o que os outros pensam ao nosso  respeito, pois os outros são os outros e só. Se você gosta do colorido não dê lugar exclusivo ao acinzentado, pois gorda ou magra, loira ou morena, com sobrancelhas "artificiais" ou não, com unhas pintadas ou não, de salto ou sem salto, você só precisa ser você para ser amada e para sentir-se bem.

Tem gente que se preocupa tanto com as regras estabelecidas por essa nossa sociedade hipócrita e excludente, que tem tanto medo do ridículo, que se torna por si só uma pessoa ridícula. E eu estava nesse caminho, sendo meu próprio algoz.



Dê risada alto, fale alto, dance, desça do salto, polemize (com moderação e respeito), seja mais você, divirta-se, diga que ama, diga não, diga ao outro o que você gosta e o que você simplesmente não quer,  seja sincero consigo mesmo e verá como sua qualidade de vida mudará.




A partir do momento que me voltei para mim e passei a enxergar a pessoa extraordinária que sou, o ser humano altruísta, cheio de erros, mas também de acertos, tudo mudou para melhor. Passei mais de 20 anos da minha vida seguindo as opiniões alheias e acreditando que era incapaz para muitos feitos, que hoje são realizados sem grandes sacrifícios.




Gosto de escrever dessa maneira “rasgada” porque estou cansada dos padrões por trás de onde se escondem pessoas inseguras e amargas. Desejo que o meu ser evolua cada dia mais e que eu deixe para trás tudo aquilo que me fez chorar, que me sucumbiu, que me obscureceu. Agora devo tentar colorir mais meus dias, por isso tenho usado mais o vermelho, o vinho, o laranja, o amarelo ao invés do preto, que também tem seu encanto, mas era a única cor com a qual eu me achava “combinar”.




E sobre padrão e sinceridade demais, eu disse uma vez a uma pessoa que roupa estampada era muito “cheguei”, e essa pessoa gostava de roupa estampada. Quando notei o que tinha feito fiquei morta de vergonha, pois essa de ser “cheguei” ouvi e estava reproduzindo de uma pessoa extremamente preconceituosa e desagradável que em nada tinha a minha admiração.

Tá aí outra coisa que aprendi a deixar de fazer: teimar em dizer “minhas” verdades, pois diz o ditado que quem teima em dizer verdades, perde amizades. Você já parou para pensar se todos que tivessem uma crítica em relação a você te dissessem na cara, como muitos se orgulham em dizer que fazem?! Pois é, será que aguentaria tanta sinceridade?! Hum... talvez seja por saber que não aguentaríamos que Deus não permite que saibamos os pensamentos alheios ao nosso respeito.

A mente humana é muito complicada, então precisei aprender a deixar as coisas fluírem mais naturalmente, a ser mais flexível, a perdoar mais, a tolerar mais e a entender que cada um tem seu tempo, seu jeito, suas preferências, suas frustrações e suas formas de sentir-se bem e eu não tenho o direito de interferir, mesmo sendo em nome dos "bons costumes"...






Beijos de luz,
Maracy 
SP 21/07/2020





quinta-feira, 16 de julho de 2020

A imaturidade faz fugir da realidade



          Não posso dizer ainda que sou uma pessoa madura o suficiente, apesar de já estar com meus 47 anos, mas com o tempo a gente percebe o quanto perdeu da vida por atitudes que poderíamos ter tomado, e o quanto fizemos raiva aos outros, prejudicamos e fomos prejudicados por nossas ações infantilizadas.

           Quanto a emagrecimento sempre tive a ingenuidade de acreditar que um dia descobriria um milagre, uma fórmula mágica. Mera ilusão! Queria tudo rápido, mas sem me esforçar para tal.



    
     Conversando com minha nutricionista ela me informou que tem gente que fez bariátrica duas vezes, fez plasma de argônio, mas mesmo assim teve reganho e a procurou para seguir a reeducação alimentar. E é nisso que estou apostando todas as minhas fichas.




Obviamente, com exercício físico a coisa "anda" mais rápido... Mas já estou me sentindo desintoxicada, desinchada, em apenas 04 dias se alimentando corretamente.



Aprendi com a nutri a fazer umas balas de gelatina diet que salvam a pátria. São ótimas para pessoas compulsivas como eu, que tem que estar sempre com algo na boca. Conto como faz: pega 250mg de água quente e dissolve nela, 01 pacotinho de gelatina do sabor que escolher. Depois junta um pacotinho de gelatina sem sabor, mistura bem e põe em potinhos. Leva para a geladeira e deixa uma hora, depois corta no formato que quiser. Eu conservo as minhas coloridas (vários sabores) na geladeira e deixo um potinho perto de mim no meu escritório, para beliscar... Fiz de tangerina - a marca línea tem de tangerina, fiz de uva, morango, abacaxi e limão também.





Tem também um pudim diet: você pega 500 ml de leite desnatado e mistura no liquidificador com o pó de uma caixinha de pudim diet, leva ao fogo mexendo até ferver e leva à geladeira. Na hora do "desespero" por doce, ajuda muito. Tenho direito a dois potinhos por dia...rs. Além disso, a nutricionista me ensinou a fazer leite condensado fake, mas esse eu conto depois.



Estou compartilhando essas coisas que para alguns pode ser inútil, mas tenho comigo que tudo que é bom e chega ao meu alcance, não deve parar em mim. Sou obesa, já gastroplastizada e com reganho e sei como sofremos preconceito.



Fiz plasma de argônio, usei saxenda, resisti à caminhada e à educação alimentar, mas percebi que a fórmula é ingerir menos e gastar mais, e ponto final. É nisso que quero investir, e convido quem estiver na mesma situação que eu. Ah! Ouvi falar que 70% dos que fazem bariátrica tem reganho, então não estou sozinha nesse maremoto.



Beijos de luz,

Mara
SP 16/07/2020





domingo, 12 de julho de 2020

O tal preconceito internalizado


O tal preconceito internalizado.




            Pois é! Ele existia em mim e eu nem sabia.
Um dia eu disse à psicóloga que eu tinha dificuldade de lidar com determinada pessoa, e ela me disse que era porque eu me via nessa pessoa, mas sem muitas explicações... E só depois de anos eu fui entender que a pessoa era obesa, exatamente como eu.
Fui percebendo ao fazer algumas homenagens com fotos que eu quase não aparecia , e quando aparecia era só o rosto, no máximo os ombros. Algumas fotos eram recortadas, editadas, por que seria, não?!
Um dia, conversando com uma das minhas filhas, esta me trouxe o termo preconceito internalizado, e foi bem na ferida que o remédio ardente caiu!
Passei a minha vida inteira ouvindo que gordo não se cuida, não se ama, não se esforça, é preguiçoso e desleixado, e internalizei isso, só que tem um agravante, como sou obesa eu passei a ser o meu próprio alvo destes sentimentos equivocados e cruéis.
É vergonhoso admitir que somos preconceituosos, principalmente quando este preconceito é contra si. Quero externalizar isso, e avançar no processo de desconstrução dessas idéias ridículas que eu tinha sobre mim.




Minha filha me disse para eu me aceitar, e me aceitarei integralmente,sem lacunas, e não tô nem ai para o que os outros irão dizer, pois quem é maldizente achará sempre algo para falar, se não a gordura, o cabelo, a condição financeira ou até o jeito de falar e sorrir. O que importa mesmo em cada um é a essência, são as boas lembranças que deixou, são as pessoas as quais amamos e para as quais soubemos e tivemos a oportunidade de expressar nosso amor, enfim, nossa história é bonita do jeito que é, sem ponto final, com direito a vírgulas, reticências e alguns pontos de interrogação.
Eu me amo como sou, e se tiver que mudar seja única e exclusivamente pela minha saúde!...
Beijos de luz.
Maracy
SP12/07/2020

*** Obrigada minha filósofa Leticia Rolim, por me ajudar a desvendar meus medos e monstros internos e por me encorajar junto com a sua irmã e o Edu a ultrapassar mais esse tenebroso obstáculo.




quarta-feira, 8 de julho de 2020

Hoje fui ao "doutor"


Hoje passei em consulta com um gastrocirurgião especialista em bariátrica e ele me perguntou qual era a minha dúvida. Respondi que gostaria de saber sobre como estava minha cirurgia e ele disse que como fiz plasma de argônio há pouco tempo deve estar tudo bem, pois a by pass em y é a cirurgia mais completa e eficaz.


Pensei que iria pedir uma endoscopia ou um rx do trânsito intestinal, mas não. Foi logo dizendo que não tenho indicação para revisional, após calcular meu IMC,  e ao perguntar-lhe  sobre o que achava da revisional e do plasma de argônio, disse que não acreditava na eficácia de nenhuma das duas técnicas, e por isso não as executava, pois segundo ele, exerce a medicina por amor e não pelos ganhos trazidos, e só gosta de fazer algo no que acredita que dê resultados.


Conforme deu a entender o que tenho que fazer é ser acompanhada por equipe multiprofissional, regular a dieta e aderir à prática de exercícios físicos a qual sou muito resistente.



Querem saber? Acho que preciso parar de pensar em fórmulas mágicas de emagrecimento e ou me aceitar como sou ou me dispor a fazer o que realmente é necessário para ter uma vida saudável.
Como minha cirurgia foi aberta e não por videolaparoscopia, uma revisional seria novamente aberta, e não sei se terei coragem de sofrer tudo novamente.
Vou deixar aqui o nome e o telefone de um médico que ele me passou, o qual disse que é um cirurgião maravilhoso em revisional. Chama-se Dr. Andrey Carlo, Clínica CETAGO e seu telefone é 011 3889-2210. Liguei lá e me disseram que não atende meu plano mas ele trabalha no Hospital Le Forte também ( que também não atende meu plano). O zap deles é 11989408454. Desejo boa sorte a quem desejar procurá-lo.
Hoje estou pra baixo, nada mais a dizer...
Beijos de luz.
Mara

Resposta de uma filha:

[12:24, 08/07/2020] Lele: É mãe... É difícil se submeter a essas cirurgias mais de uma vez, mas tbm não é fácil viver uma vida inteira se condenando pelo que come ou deixa de comer
[12:24, 08/07/2020] Lele: Acho que vc poderia tentar fazer esse tratamento com uma equipe multiprofissional, pra isso te dar um ânimo e vc não se sentir sozinha
[12:25, 08/07/2020] Lele: Mas tentar pela sua saúde mesmo, não só pra emagrecer tudo de uma vez e querer resultados logo
[12:26, 08/07/2020] Lele: O resultado em si já é o acompanhamento que vc vai tar tendo. Ver se seu colesterol tá bom, triglicérides, acompanhar vitaminas, e se for pra emagrecer, aderir a dietas, que seja pra te manter saudável, não pra emagrecer 50 kg em um mês ou coisa parecida
[12:27, 08/07/2020] Lele: Isso é viver correndo atrás de um objetivo quase impossível, distante, e vc vai viver querendo formas mais rápidas de alcançar um baita objetivo enorme, que é quase inalcançável
[12:28, 08/07/2020] Lele: (dependendo do método)
[12:30, 08/07/2020] Lele: Eu te acho linda do jeito que você é. Linda, inteligente, dedicada no que faz, uma grande chef de cozinha rsrs, cuidadosa, que gosta de ouvir uma música boa, que gosta de dançar, de conversar, enfim
[12:31, 08/07/2020] Lele: É difícil viver uma vida idealizando outra, porque a que vc vive nunca é suficiente
[12:31, 08/07/2020] Lele: Não faz isso com você. Quem garante que vc vai ser hiper feliz e contente e que todos os seus problemas vão acabar se vc for magra?

Faz a sua vida ser suficiente. O Edu, suas filhas, sua família, sua casa, seu emprego, sua formação, suas conquistas, seus defeitos e suas qualidades, toda a sua trajetória até aqui e tudo que vc pode viver, ainda mais se parar de se limitar por causa do seu peso.
Eu não tô nem aí pro seu peso! A menos que isso comece a te paralisar, fisicamente mesmo, mas não acho que seja beeem esse o caso
Muita gente não tá nem aí pro seu peso! E mesmo que existam os cuzões que ligam e falam bosta, quem seria vc, quem seria eu se eu me importasse e paralisasse a minha vida? Se eu parasse de amar quem eu amo porque um cara na rua me ameaçou com um pedaço de pau na mão, porque as pessoas olham feio, reparam, acham estranho...
Eu olho é feio de volta!! E não vou mudar a minha vida pra agradar os olhos dos outros não! 
Inclusive, não vou mudar pra agradar o meu preconceito internalizado, e vc tbm precisa lidar com o seu próprio preconceito, pq a gente sempre tem algum preconceito e isso só machuca a gente. Eu preciso é destruir ele todos os dias, e já destruí mto pra viver minha vida bem agora.
E eu sei que vc tbm já destruiu mto do seu, consigo mesma. Mas isso precisa continuar... Até que vc se sinta bem, esteja saudável e não implique mais com a sua vida "não suficiente".



quarta-feira, 1 de julho de 2020

Expectativa e ansiedade - Saxenda


Lamento dizer aos que me acompanham de longa data, que voltei a engordar após a bariátrica. Enquanto fiz acompanhamento com a equipe multiprofissional consegui manter a perda, depois a equipe se desfez e junto se desfez parte do meu sonho de me manter “magra”. Dos 47 quilos eliminados recuperei 29, e isso dói demais para mim, pois fico me sentindo culpada achando que se tivesse me comportado diferente tudo teria sido diferente também.
Depois que comecei a recuperar peso, não me aquietei um só dia. Tentei dieta das proteínas, remédios e chás naturais, fiz plasma de argônio – apenas uma sessão- e por último agora fiz uso do saxenda. A endocrinologista me gerou uma expectativa que eu teria um bom resultado e iria emagrecer no mínimo 8 quilos. Paguei R$ 542,00 numa caixa que deu para um mês e só emagreci em 9 dias, 3 quilos e meio, os quais recuperei rapidamente e não mais perdi sequer um grama.


Segundo o site https://www.tuasaude.com/saxenda/ , o Saxenda é um medicamento injetável utilizado para o emagrecimento de pessoas com obesidade ou sobrepeso, pois ajuda a diminuir o apetite e a controlar o peso corporal, podendo causar a redução de até 10% do peso total, quando associado a uma dieta saudável e prática de exercício físico regular.
           O princípio ativo deste remédio é a liraglutida, o mesmo que já é utilizado na composição de medicamentos para o tratamento do diabetes, como o Victoza. Esta substância atua nas regiões do cérebro que regulam o apetite, fazendo com que se sinta menos fome e, por isso, o emagrecimento acontece pela redução do número de calorias consumidas ao longo do dia.
Hoje 01/07/2020, um mês após o uso do remédio, eu disse à médica o quanto estava frustrada e ela disse que se sentia da mesma forma, pois esperava um resultado diferente. Vai ver que sou a sortuda daquelas que de 100 só não serve para 01 e eu sou essa...Minha barriga ficou toda cheia de alergia, feridinhas até na cicatriz da bariátrica, que no meu caso foi feita aberta. A médica virou pra mim e disse: só tenho sibutramina para te prescrever. Puxa! Se sibutramina resolvesse meu problema eu nem teria feito bariátrica! E pior, disse que não sabia se eu poderia utilizar sibutramina associada a aripiprazol, que já faço uso.
Voltando um pouquinho no dia que a endócrino prescreveu o saxenda: fiquei toda empolgada, fazendo as contas de quantos gramas eliminaria por dia, liguei pros quatro cantos, indiquei pros meus irmãos e fiquei enfim, crendo que seria minha saída para então conseguir fazer minhas plásticas reparadoras, mas que nada! Não foi dessa vez ainda!...
Diante disto, só me restou agendar consulta com cirurgião gástrico especializado em revisional de bariátrica para uma avaliação. Será dia 08/07/2020. Prometo voltar e contar como foi.
Mas de verdade, o que queria dizer é que deveríamos segurar mais a nossa ansiedade e não deixar que grandes expectativas nos levassem a enormes frustrações como aconteceu mais uma vez comigo.


Vou desabafar um pouco: dizem que somos resultados do que escolhemos ou do comemos, mas não sei se esta é uma verdade absoluta, pois vejo gente comendo um monte de besteiras super calóricas, não fazendo exercício físico algum, e sendo magérrimas. Mas calma Mara, não vá pensando assim, que isso só te desanima mais!
Bola pra frente né gente? O importante nessa luta é nunca desistir, quem sabe um dia eu chego lá, ou nós chegamos lá?!




Beijos de luz.

Mara

terça-feira, 30 de junho de 2020

Você já se perdeu em busca de se encontrar?!


     Eu já! E é fantástico, pois apenas assim percebemos o quanto somos falhos principalmente na tarefa do autoconhecimento.
   Pois é! Quem disse que é fácil se entender, se conhecer e procurar ressignificar o que for necessário?!...
Dizem que mudei muito, e considero isso uma evolução, pois é fácil achar que sabe dar conselhos aos outros, quando na verdade, somos nós que estamos precisando.
Eu acho que fui colhida ainda verde do pé. E amadurecer, caros amigos, é algo dolorido, embora seja fantástico, pois descobrimos coisas sobre nós mesmos que nem imaginávamos. Uma das coisas que descobri sobre mim é que eu reproduzia tudo aquilo que eu criticava em meus pais. Pois é! Nossos pais não tem a obrigação de ser perfeitos, e nem tudo precisamos reproduzir!
Não falo apenas de nossos pais, mas de muitos outros exemplos que passamos a reproduzir nos tornando fãs de pessoas que sequer conhecemos ...
E as resistências???... Estas são nossas inimigas, nossos algozes. São as resistências que nos fazem persistir nos “erros”. E o mais difícil é percebermos e mudarmos quando somos resistentes a mudanças.
Eu já aprendi a duras penas que preciso me amar, por exemplo, mas parece que não fui treinada para isto, e me pego muitas vezes brigando comigo mesma, numa relação de crueldade e desprezo.
Que tal se eu tivesse mais compaixão comigo mesma, perdoasse mais os meus erros e me desse a oportunidade de mudar sem ter que me machucar tanto? Seria muito bom, não é?!
Estou lendo Você pode curar sua vida, de Louise L. Hay, e ela fala de resistências. Adivinha onde eu parei de ler exatamente? Nessa parte da resistência...
E quanto a se boicotar... Ah! Quantas vezes já me peguei procurando por a perder tudo aquilo que eu estava conquistando! Parece louco, talvez seja, mas quem nunca? O que amedronta é que se somos capazes de proporcionar nosso próprio mal, se não cuidarmos acabaremos por contribuir com o mal de nosso próximo.
Se me perguntar hoje qual o meu maior desejo responderei, que é alcançar o equilíbrio emocional ou um pouco da sabedoria divina, para trilhar meus caminhos de forma mais moderada, para não julgar, para não deixar o ódio tomar meu coração.
Estou estarrecida com o tanto de ódio que vem sendo apregoado. Cheguei a pensar que essa pandemia de Covid 19 pudesse ser uma oportunidade para nos tornarmos alguém melhor, mas parece que para a maioria isso não funcionou.
Enfim, continuo aqui na busca incessante pela evolução, e creio que somos capazes de tornar este mundo menos obscuro, menos desumano e menos egoísta.
Beijos de luz.
Maracy
SP 19/06/2020